sábado, 9 de abril de 2016

Descrever de forma plena o sentimento dos pais por um filho é algo muito complexo e para muitos, quase impossível. É um tipo de sentimento exclusivo da maternidade e da paternidade. E cada um interpreta, usufrui e sofre com esse sentimento de uma forma totalmente diferente. Mesmo assim muitos se arriscam a descrevê-lo.

Um filho pode ser definido, de maneira bem humorada, como um pedacinho de nós, vinte e quatro horas por dia correndo perigo, quase que totalmente fora do nosso controle. Por isso, nos preocupamos tanto com eles. E essa preocupação custa aos pais, em todos os sentidos, tanto materiais quanto emocionais. Na realidade, criar e educar um filho não deve ser considerado como um custo. Mas, sim, como um investimento. Muito embora seja um investimento ao longo de muitos anos cujo resultado esperado é um tanto quanto incerto.

Esperamos especialmente que eles sejam pessoas do bem e para o bem. Mas também esperamos que consigam, numa visão mais pragmática, serem bem sucedidos economicamente a tal ponto de, no mínimo, conseguirem os meios para se sustentar a partir da chegada à idade adulta. Nos dias atuais, os investimentos nos filhos começam mesmo antes de sua concepção. E continuam por muitos anos, em alguns casos, adentrando até a sua idade adulta. Por isso os pais esperam muito mais tempo para ter certeza de que não precisam mais investir na educação e na formação de seus filhos.

É comum ouvir pessoas dizendo que, nos dias atuais, ter um filho custa muito caro. Proporcionar a uma criança que nasce hoje todas as condições humanas, psicológicas, emocionais e econômicas definitivamente não é fácil. Exige muita dedicação e renúncia. Porém, criá-los, por mais custoso que seja, não é, nem de perto, tão angustiante quanto o grande desafio dos pais contemporâneos que consiste em inserir seus filhos já adultos no mundo atual que vivemos. Antes de se tornarem adultos, seu mundo é o mesmo dos seus pais. Quase tudo que eles precisam depende dos pais. As escolhas deles são, na maioria das vezes, as escolhas dos pais.

Parece até uma preocupação desmedida, mas não é. Encontrar um lugar onde o filho se sinta realizado, feliz e viável economicamente, fora do guarda chuva protetor dos pais, é uma tarefa para gigantes. Muito maior e muito mais custosa do que simplesmente criá-lo e educá-lo. É verdade que o lugar no mundo será encontrado com maior facilidade pelo filho, se os pais conseguirem completar o seu processo de formação no primeiro terço de sua vida. Considerando que as pessoas jovens hoje viverão, em média, 75 anos, o primeiro terço se completaria aos 25 anos, idade em que normalmente as pessoas concluem sua formação educacional, concluindo um curso superior.

Esse lugar no mundo é muito complexo porque não envolve somente um lugar para trabalhar e garantir sua sobrevivência material, mas, sim, um lugar onde ele possa constituir uma família, um círculo de amizade e se estabelecer de forma plena como pessoa e como cidadão.

São inúmeros os exemplos de filhos de pais cujo trabalho de formação foi o mais esmerado e cuidadoso possível. Mesmo assim, uma vez adultos e formados, os filhos encontraram uma série inimaginável de circunstâncias e adversidades com as quais eles não estavam preparados e suas ações e reações diante desses acontecimentos fazem sofrer pais e filhos. Isso porque, por mais que os pais tenham feito, não é possível viver pelos filhos.

Sofrimentos e angústias farão parte de suas vidas e somente eles poderão enfrentá-las, pois este é um processo de amadurecimento que ocorre concomitante ao encontro do seu lugar no mundo.

Muitos de nós, já adentrando ao terceiro e último terço da vida ou já quase em seu fim, nos questionamos: será que ao longo da vida conseguimos realmente encontrar o nosso lugar no mundo? A cada crise existencial que temos esse questionamento ronda o nosso interior. E como, infelizmente, só sabemos como as coisas foram e jamais saberemos como elas seriam, caso tivéssemos feito escolhas diferentes, ficamos sem resposta para essa dúvida.

Cada casal, se questionado, tem uma receita para educar seus filhos. A título de conhecimento e de troca de experiências, é sempre válido ouvi-las. Mas não existe uma receita pronta porque cada casal forma um time diferente e quando vêm os filhos, esses novos membros também são diferentes entre si e muito diferentes dos filhos de outros casais.

Cada família é uma célula social com características próprias porem tendo que viver e constituir novas células sociais num mundo que é coletivo, que é de todos. Fora do lar e da família, a regra, a lei e a economia são feitas de forma igual para todos. Quanto melhor os pais entenderem o funcionamento desse mundo exterior à família e quanto mais conversarem entre si, menor será a dificuldade para preparar os filhos para enfrentarem o grande desafio de suas vidas. Qual seja, conforme já descrevi anteriormente, encontrar um lugar para eles nesse mundo onde as dificuldades e as adversidades sejam enfrentadas com a maior maturidade possível.

Talvez o segredo nem seja encontrar o lugar no mundo mas, sim, preparar os filhos para conviver em todos os lugares, o que dará condições a eles de encontrarem sozinhos o seu melhor lugar.

Autor: Alfredo Fonceca Peris

www.perisconsultoria.blogspot.com.br




A criação e a educação dos filhos

Descrever de forma plena o sentimento dos pais por um filho é algo muito complexo e para muitos, quase impossível. É um tipo de sentimento exclusivo da maternidade e da paternidade. E cada um interpreta, usufrui e sofre com esse sentimento de uma forma totalmente diferente. Mesmo assim muitos se arriscam a descrevê-lo.

Um filho pode ser definido, de maneira bem humorada, como um pedacinho de nós, vinte e quatro horas por dia correndo perigo, quase que totalmente fora do nosso controle. Por isso, nos preocupamos tanto com eles. E essa preocupação custa aos pais, em todos os sentidos, tanto materiais quanto emocionais. Na realidade, criar e educar um filho não deve ser considerado como um custo. Mas, sim, como um investimento. Muito embora seja um investimento ao longo de muitos anos cujo resultado esperado é um tanto quanto incerto.

Esperamos especialmente que eles sejam pessoas do bem e para o bem. Mas também esperamos que consigam, numa visão mais pragmática, serem bem sucedidos economicamente a tal ponto de, no mínimo, conseguirem os meios para se sustentar a partir da chegada à idade adulta. Nos dias atuais, os investimentos nos filhos começam mesmo antes de sua concepção. E continuam por muitos anos, em alguns casos, adentrando até a sua idade adulta. Por isso os pais esperam muito mais tempo para ter certeza de que não precisam mais investir na educação e na formação de seus filhos.

É comum ouvir pessoas dizendo que, nos dias atuais, ter um filho custa muito caro. Proporcionar a uma criança que nasce hoje todas as condições humanas, psicológicas, emocionais e econômicas definitivamente não é fácil. Exige muita dedicação e renúncia. Porém, criá-los, por mais custoso que seja, não é, nem de perto, tão angustiante quanto o grande desafio dos pais contemporâneos que consiste em inserir seus filhos já adultos no mundo atual que vivemos. Antes de se tornarem adultos, seu mundo é o mesmo dos seus pais. Quase tudo que eles precisam depende dos pais. As escolhas deles são, na maioria das vezes, as escolhas dos pais.

Parece até uma preocupação desmedida, mas não é. Encontrar um lugar onde o filho se sinta realizado, feliz e viável economicamente, fora do guarda chuva protetor dos pais, é uma tarefa para gigantes. Muito maior e muito mais custosa do que simplesmente criá-lo e educá-lo. É verdade que o lugar no mundo será encontrado com maior facilidade pelo filho, se os pais conseguirem completar o seu processo de formação no primeiro terço de sua vida. Considerando que as pessoas jovens hoje viverão, em média, 75 anos, o primeiro terço se completaria aos 25 anos, idade em que normalmente as pessoas concluem sua formação educacional, concluindo um curso superior.

Esse lugar no mundo é muito complexo porque não envolve somente um lugar para trabalhar e garantir sua sobrevivência material, mas, sim, um lugar onde ele possa constituir uma família, um círculo de amizade e se estabelecer de forma plena como pessoa e como cidadão.

São inúmeros os exemplos de filhos de pais cujo trabalho de formação foi o mais esmerado e cuidadoso possível. Mesmo assim, uma vez adultos e formados, os filhos encontraram uma série inimaginável de circunstâncias e adversidades com as quais eles não estavam preparados e suas ações e reações diante desses acontecimentos fazem sofrer pais e filhos. Isso porque, por mais que os pais tenham feito, não é possível viver pelos filhos.

Sofrimentos e angústias farão parte de suas vidas e somente eles poderão enfrentá-las, pois este é um processo de amadurecimento que ocorre concomitante ao encontro do seu lugar no mundo.

Muitos de nós, já adentrando ao terceiro e último terço da vida ou já quase em seu fim, nos questionamos: será que ao longo da vida conseguimos realmente encontrar o nosso lugar no mundo? A cada crise existencial que temos esse questionamento ronda o nosso interior. E como, infelizmente, só sabemos como as coisas foram e jamais saberemos como elas seriam, caso tivéssemos feito escolhas diferentes, ficamos sem resposta para essa dúvida.

Cada casal, se questionado, tem uma receita para educar seus filhos. A título de conhecimento e de troca de experiências, é sempre válido ouvi-las. Mas não existe uma receita pronta porque cada casal forma um time diferente e quando vêm os filhos, esses novos membros também são diferentes entre si e muito diferentes dos filhos de outros casais.

Cada família é uma célula social com características próprias porem tendo que viver e constituir novas células sociais num mundo que é coletivo, que é de todos. Fora do lar e da família, a regra, a lei e a economia são feitas de forma igual para todos. Quanto melhor os pais entenderem o funcionamento desse mundo exterior à família e quanto mais conversarem entre si, menor será a dificuldade para preparar os filhos para enfrentarem o grande desafio de suas vidas. Qual seja, conforme já descrevi anteriormente, encontrar um lugar para eles nesse mundo onde as dificuldades e as adversidades sejam enfrentadas com a maior maturidade possível.

Talvez o segredo nem seja encontrar o lugar no mundo mas, sim, preparar os filhos para conviver em todos os lugares, o que dará condições a eles de encontrarem sozinhos o seu melhor lugar.

Autor: Alfredo Fonceca Peris

www.perisconsultoria.blogspot.com.br




quarta-feira, 9 de março de 2016

Em 1989, quando o Brasil elegeu o jovem e, até então pouco conhecido político alagoano Fernando Collor de Mello, para a Presidência da República, muitos esperavam, no entanto poucos acreditavam, em tantas mudanças que estariam por vir. Tais transformações foram consolidadas somente mais tarde, nos Governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, que alteraram completamente a forma de implementar novos padrões, quebrando um grande paradigma existente, particularmente na gestão das empresas e no patrimônio dos cidadãos e das famílias.

Até o ano de 1989 o fenômeno da obsolescência de produtos era muito incipiente, haja vista a alta inflação no país e uma economia fechada. Para exemplificar, modelos de automóveis que para Collor eram ‘‘carroças’’ permaneciam em linha de produção por longos períodos, assim como boa parte dos produtos disponíveis no mercado à época. Não havia a preocupação, como ocorre atualmente, de se lançar novos produtos com maior tecnologia para atender ao consumidor, pois a concorrência era pequena. No caso dos automóveis, no Brasil, em 1989, havia apenas cinco montadoras e era muito fácil saber quais eram os modelos fabricados por cada uma delas.

Retomando ao paradigma, a primeira etapa do rompimento ocorreu com o advento da abertura econômica. Empresas que mantinham estoque de produtos como forma de reservar o valor de seu patrimônio para proteger-se da inflação que destruía o valor do dinheiro caso o possuísse em espécie, começaram a enfrentar uma nova dificuldade. Isto porque com a abertura da economia, o processo de obsolescência se intensificou e aqueles que possuíam grandes estoques de produtos começaram a ter que fazer um esforço muito maior para conseguir vendê-los. A grande questão é que houve quem demorou muito para entender a nova realidade, o que levou muitas empresas da época à falência.

A segunda grande etapa veio por meio da Medida Provisória 434, no início do ano de 1994, que criou a Unidade Real de Valor – URV, por meio da qual o Governo conseguiu assumir o controle da inflação, fato consolidado com a implantação do Plano Real, em 01 de julho de 1994. Com o fim da inflação, diminuíram drasticamente as margens de comercialização dos produtos e isso colocou aqueles ainda adeptos dos grandes estoques como reserva de valor em dificuldades ainda maiores.

Assim, o padrão  M – D – M  (mercadoria – dinheiro – mercadoria), deu  lugar  ao  novo  padrão   D – M – D (dinheiro – mercadoria– dinheiro), o que significa que, a partir da posse do dinheiro, investe-se na mercadoria para se obter, num segundo momento, mais dinheiro e não mais mercadoria. E, ainda, à medida da consciência dessa nova realidade, por alguns que o perceberam primeiro, cada vez o tempo de conversão do dinheiro por mercadoria e a conversão novamente em dinheiro passou a ocorrer num intervalo de tempo menor. Esse novo entendimento foi decisivo para determinar a estagnação, o crescimento ou o fim de muitos conglomerados regionais e nacionais.

Agora, estamos prestes a ter mais uma decisiva troca de padrões, particularmente pelas ações da Receita Federal do Brasil, do Banco Central do Brasil e das receitas estaduais. Com o aparato legal existente contra a corrupção, a lavagem de dinheiro e a sonegação fiscal, que possibilitam ao Judiciário autorizar investigações, processar e condenar aos que desrespeitam as leis vigentes, o custo da dissimulação, da sonegação, da falsidade ideológica e do pouco cuidado com a contabilização de tudo que se faz e se tem, passou a ficar muito alto.

Muitos acreditam que ainda é possível construir um patrimônio respeitável ou mantê-lo, para quem já o constituiu, com as mesmas práticas de antes: ou seja, tudo de qualquer jeito, sem apreço por um rigor fiscal e trabalhista, sem uma preocupação com uma contabilidade fiel ao que ocorre com seus negócios e com o seu patrimônio e sem um rigor no ordenamento jurídico e contábil de tudo.

Quem pensa assim terá as mesmas dificuldades que os que ficaram presos ao velho arquétipo do final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Assim, muitos que têm o patrimônio perderão parte dele ou todo e os que pensam assim e não tem esse patrimônio, dificilmente conseguirão obtê-lo. Por esta razão, o momento atual pede uma nova mudança completa de comportamento e também a quebra de um modelo histórico de velhas práticas em nossa sociedade.

Ademais, sempre foi de extrema importância ter uma contabilidade bem estruturada ao que ocorre com os negócios e com o patrimônio. Nos dias atuais, isso passou a ser um fator de valorização do negócio e do patrimônio, uma segurança institucional e uma condição para continuar crescendo de forma sustentável e segura. Além do que, hoje não se valoriza somente o patrimônio aparente ou tangível mas, também, o patrimônio intangível. Sendo mais claro: não basta apenas ter uma empresa que gera lucros. Mas, sim, uma empresa que, além de gerar lucros, não gera nenhum passivo oculto e tem demonstrações contábeis e documentos legais que dão sustentação contábil e jurídica a todos os processos. Hoje tudo precisa ser legítimo.

Para se ter uma ideia, no que diz respeito ao patrimônio tangível, como imóveis, por exemplo, não basta só ter o imóvel. É preciso ter a escritura do imóvel em seu nome e o registro no Cartório de Registro de Imóveis. No cadastro da prefeitura municipal, deverá constar o seu nome como proprietário. As edificações que existirem sobre esse imóvel deverão ter projetos aprovados pela mesma prefeitura e essas edificações deverão estar regularizadas e averbadas, tanto na matrícula no Cartório quanto no cadastro da Prefeitura. Esses cuidados são essenciais para tornar o imóvel mais valorizado e com maior grau de liquidez. Assim,quando se resolver vendê-lo, o número de compradores aumentará porque um imóvel totalmente regularizado e com documentos que espelham o como ele realmente se constitui, além de valer mais, pode ser comercializado mais rapidamente pois oferece maior segurança ao comprador.

Por isso, se você tem um patrimônio ou se ver em condições de adquiri-lo, quer seja constituído por bens tangíveis ou intangíveis, recomenda-se a constituição de uma equipe de profissionais como contadores, consultores financeiros, advogados, arquitetos, engenheiros e corretores de imóveis de confiança e é indicado que não se tome nenhuma decisão de investimento antes de consultá-los. Deve-se considerar a remuneração desses profissionais como parte do investimento e não como um custo. Importante seguir o conselho de quem trabalha com programas de qualidade: “Faça certo da primeira vez”. Por caro e demorado que possa parecer, é mais barato e mais rápido. Deve-se lembrar sempre que um dia o proprietário não estará aqui para, sozinho ou no máximo com o seu cônjuge, tomar decisões em relação ao seu patrimônio. Um dia o mesmo será dividido entre seus herdeiros. E nessa hora, o quanto mais regularizado estiver, maior será o quinhão de cada um e menores serão os conflitos entre eles que, muito provavelmente, pensam muito diferente de quem constituiu o patrimônio.

Os indivíduos que interpretaram primeiro as mudanças ocorridas com a abertura da economia e com a implantação do Plano Real e se adaptaram à nova realidade imposta por esses acontecimentos, lograram sucesso maior na gestão de suas empresas e de seu patrimônio. Para continuar logrando êxito, hoje é novamente necessário mudar os padrões e se adaptar às novas regras impostas pelo novo momento que o país passa cuja palavra de ordem é “legitimidade”. Os processos precisam ser legítimos, existirem não somente de fato como também de direito.

Autor: Alfredo Fonceca Peris




As mudanças de padrão e suas implicações práticas

Em 1989, quando o Brasil elegeu o jovem e, até então pouco conhecido político alagoano Fernando Collor de Mello, para a Presidência da República, muitos esperavam, no entanto poucos acreditavam, em tantas mudanças que estariam por vir. Tais transformações foram consolidadas somente mais tarde, nos Governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, que alteraram completamente a forma de implementar novos padrões, quebrando um grande paradigma existente, particularmente na gestão das empresas e no patrimônio dos cidadãos e das famílias.

Até o ano de 1989 o fenômeno da obsolescência de produtos era muito incipiente, haja vista a alta inflação no país e uma economia fechada. Para exemplificar, modelos de automóveis que para Collor eram ‘‘carroças’’ permaneciam em linha de produção por longos períodos, assim como boa parte dos produtos disponíveis no mercado à época. Não havia a preocupação, como ocorre atualmente, de se lançar novos produtos com maior tecnologia para atender ao consumidor, pois a concorrência era pequena. No caso dos automóveis, no Brasil, em 1989, havia apenas cinco montadoras e era muito fácil saber quais eram os modelos fabricados por cada uma delas.

Retomando ao paradigma, a primeira etapa do rompimento ocorreu com o advento da abertura econômica. Empresas que mantinham estoque de produtos como forma de reservar o valor de seu patrimônio para proteger-se da inflação que destruía o valor do dinheiro caso o possuísse em espécie, começaram a enfrentar uma nova dificuldade. Isto porque com a abertura da economia, o processo de obsolescência se intensificou e aqueles que possuíam grandes estoques de produtos começaram a ter que fazer um esforço muito maior para conseguir vendê-los. A grande questão é que houve quem demorou muito para entender a nova realidade, o que levou muitas empresas da época à falência.

A segunda grande etapa veio por meio da Medida Provisória 434, no início do ano de 1994, que criou a Unidade Real de Valor – URV, por meio da qual o Governo conseguiu assumir o controle da inflação, fato consolidado com a implantação do Plano Real, em 01 de julho de 1994. Com o fim da inflação, diminuíram drasticamente as margens de comercialização dos produtos e isso colocou aqueles ainda adeptos dos grandes estoques como reserva de valor em dificuldades ainda maiores.

Assim, o padrão  M – D – M  (mercadoria – dinheiro – mercadoria), deu  lugar  ao  novo  padrão   D – M – D (dinheiro – mercadoria– dinheiro), o que significa que, a partir da posse do dinheiro, investe-se na mercadoria para se obter, num segundo momento, mais dinheiro e não mais mercadoria. E, ainda, à medida da consciência dessa nova realidade, por alguns que o perceberam primeiro, cada vez o tempo de conversão do dinheiro por mercadoria e a conversão novamente em dinheiro passou a ocorrer num intervalo de tempo menor. Esse novo entendimento foi decisivo para determinar a estagnação, o crescimento ou o fim de muitos conglomerados regionais e nacionais.

Agora, estamos prestes a ter mais uma decisiva troca de padrões, particularmente pelas ações da Receita Federal do Brasil, do Banco Central do Brasil e das receitas estaduais. Com o aparato legal existente contra a corrupção, a lavagem de dinheiro e a sonegação fiscal, que possibilitam ao Judiciário autorizar investigações, processar e condenar aos que desrespeitam as leis vigentes, o custo da dissimulação, da sonegação, da falsidade ideológica e do pouco cuidado com a contabilização de tudo que se faz e se tem, passou a ficar muito alto.

Muitos acreditam que ainda é possível construir um patrimônio respeitável ou mantê-lo, para quem já o constituiu, com as mesmas práticas de antes: ou seja, tudo de qualquer jeito, sem apreço por um rigor fiscal e trabalhista, sem uma preocupação com uma contabilidade fiel ao que ocorre com seus negócios e com o seu patrimônio e sem um rigor no ordenamento jurídico e contábil de tudo.

Quem pensa assim terá as mesmas dificuldades que os que ficaram presos ao velho arquétipo do final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Assim, muitos que têm o patrimônio perderão parte dele ou todo e os que pensam assim e não tem esse patrimônio, dificilmente conseguirão obtê-lo. Por esta razão, o momento atual pede uma nova mudança completa de comportamento e também a quebra de um modelo histórico de velhas práticas em nossa sociedade.

Ademais, sempre foi de extrema importância ter uma contabilidade bem estruturada ao que ocorre com os negócios e com o patrimônio. Nos dias atuais, isso passou a ser um fator de valorização do negócio e do patrimônio, uma segurança institucional e uma condição para continuar crescendo de forma sustentável e segura. Além do que, hoje não se valoriza somente o patrimônio aparente ou tangível mas, também, o patrimônio intangível. Sendo mais claro: não basta apenas ter uma empresa que gera lucros. Mas, sim, uma empresa que, além de gerar lucros, não gera nenhum passivo oculto e tem demonstrações contábeis e documentos legais que dão sustentação contábil e jurídica a todos os processos. Hoje tudo precisa ser legítimo.

Para se ter uma ideia, no que diz respeito ao patrimônio tangível, como imóveis, por exemplo, não basta só ter o imóvel. É preciso ter a escritura do imóvel em seu nome e o registro no Cartório de Registro de Imóveis. No cadastro da prefeitura municipal, deverá constar o seu nome como proprietário. As edificações que existirem sobre esse imóvel deverão ter projetos aprovados pela mesma prefeitura e essas edificações deverão estar regularizadas e averbadas, tanto na matrícula no Cartório quanto no cadastro da Prefeitura. Esses cuidados são essenciais para tornar o imóvel mais valorizado e com maior grau de liquidez. Assim,quando se resolver vendê-lo, o número de compradores aumentará porque um imóvel totalmente regularizado e com documentos que espelham o como ele realmente se constitui, além de valer mais, pode ser comercializado mais rapidamente pois oferece maior segurança ao comprador.

Por isso, se você tem um patrimônio ou se ver em condições de adquiri-lo, quer seja constituído por bens tangíveis ou intangíveis, recomenda-se a constituição de uma equipe de profissionais como contadores, consultores financeiros, advogados, arquitetos, engenheiros e corretores de imóveis de confiança e é indicado que não se tome nenhuma decisão de investimento antes de consultá-los. Deve-se considerar a remuneração desses profissionais como parte do investimento e não como um custo. Importante seguir o conselho de quem trabalha com programas de qualidade: “Faça certo da primeira vez”. Por caro e demorado que possa parecer, é mais barato e mais rápido. Deve-se lembrar sempre que um dia o proprietário não estará aqui para, sozinho ou no máximo com o seu cônjuge, tomar decisões em relação ao seu patrimônio. Um dia o mesmo será dividido entre seus herdeiros. E nessa hora, o quanto mais regularizado estiver, maior será o quinhão de cada um e menores serão os conflitos entre eles que, muito provavelmente, pensam muito diferente de quem constituiu o patrimônio.

Os indivíduos que interpretaram primeiro as mudanças ocorridas com a abertura da economia e com a implantação do Plano Real e se adaptaram à nova realidade imposta por esses acontecimentos, lograram sucesso maior na gestão de suas empresas e de seu patrimônio. Para continuar logrando êxito, hoje é novamente necessário mudar os padrões e se adaptar às novas regras impostas pelo novo momento que o país passa cuja palavra de ordem é “legitimidade”. Os processos precisam ser legítimos, existirem não somente de fato como também de direito.

Autor: Alfredo Fonceca Peris




sábado, 9 de janeiro de 2016


2016, um ano novo?


quarta-feira, 27 de maio de 2015

O objetivo é levar a empresa a atuar com eficiência nos recursos e eficácia nos resultados, otimizando, desta forma, a performance global da empresa.

  • Mapeamento e redesenho do design organizacional
    • O objetivo é conhecer a estrutura real da empresa, possibilitando o seu controle gerencial e implementação das melhores práticas em estrutura de acordo com a realidade e objetivos da organização. Isso, visando otimização de recursos e profissionalização da gestão.
  • Mapeamento de processos
    • O objetivo é esclarecer os processos-chave na organização. São questões como identificar a razão de existência, entradas e saídas, recursos utilizados, dentre outros. A partir do mapeamento de processos os gestores e funcionários podem entender e controlar melhor as atividades realizadas na empresa.
  • Redesenho de processos
    • O foco é a implementação das melhores práticas com objetivo de minimizar desperdícios e gerar os resultados esperados a partir das atividades desenvolvidas na empresa.
  • Elaboração de indicadores para processos
    • O objetivo é a formulação e implementação de indicadores para verificar o alcance dos resultados esperados pelos processos-chave da empresa permitindo maior controle e melhoria contínua dos processos.




Gestão Organizacional

O objetivo é levar a empresa a atuar com eficiência nos recursos e eficácia nos resultados, otimizando, desta forma, a performance global da empresa.

  • Mapeamento e redesenho do design organizacional
    • O objetivo é conhecer a estrutura real da empresa, possibilitando o seu controle gerencial e implementação das melhores práticas em estrutura de acordo com a realidade e objetivos da organização. Isso, visando otimização de recursos e profissionalização da gestão.
  • Mapeamento de processos
    • O objetivo é esclarecer os processos-chave na organização. São questões como identificar a razão de existência, entradas e saídas, recursos utilizados, dentre outros. A partir do mapeamento de processos os gestores e funcionários podem entender e controlar melhor as atividades realizadas na empresa.
  • Redesenho de processos
    • O foco é a implementação das melhores práticas com objetivo de minimizar desperdícios e gerar os resultados esperados a partir das atividades desenvolvidas na empresa.
  • Elaboração de indicadores para processos
    • O objetivo é a formulação e implementação de indicadores para verificar o alcance dos resultados esperados pelos processos-chave da empresa permitindo maior controle e melhoria contínua dos processos.




quarta-feira, 25 de março de 2015

Os diferentes resultados obtidos por uma empresa de consultoria, quando da realização de um trabalho em uma empresa ou grupo de empresas, particularmente na área de gestão empresarial, normalmente não podem ser lidos sempre utilizando o mesmo parâmetro de comparação. Isso me parece claro. E sabem por quê? Simplesmente porque estou chegando à conclusão de que o consultor é um “soldado quase sem armas”. Quando esse tem armas, as mesmas são, na grande maioria das vezes, dadas pela empresa ou pelo grupo de empresas em que ele realiza o trabalho. E muitas vezes a própria empresa contratante não tem essa consciência e nunca a adquire. Durante a execução do trabalho ou ao seu término, avalia os resultados como sendo exclusivos da ação da consultoria e de sua interação com a empresa, sem levar em consideração o ambiente propicio à ação da consultoria e à sua efetividade, existentes quando do início do trabalho.

As condições dadas pela empresa ou pelo grupo de empresas para a ação da consultoria são muito mais significativas e decisivas para o êxito de um trabalho de consultoria do que o conjunto de habilidade, aptidão, conhecimento e experiência dos consultores. É óbvio que um profissional para se considerar consultor precisa reunir um conjunto múltiplo de habilidades, aptidões, conhecimentos e experiências sem os quais não pode se denominar consultor de empresas, particularmente na área de gestão empresarial. E a consultoria como um todo – quer ela seja formada por uma pessoa ou por uma equipe – precisa ter uma metodologia de trabalho desenvolvida e já devidamente testada. Mas só isso não basta. Isso não é arma suficiente para enfrentar a batalha que é a transformação de uma empresa ou grupo de empresas, incorporando às mesmas, uma metodologia de trabalho que permita alçá-la a outro patamar de ação e de organização e às vezes até de viabilidade.

Isso porque consultor de empresas, contrariando o que infelizmente muitos pensam, não faz milagres. Se as condições postas – e oferecidas pela empresa – não forem suficientes, dificilmente um trabalho de consultoria obterá o êxito esperado. Mesmo que a equipe de consultores tenha todas as condições técnicas para a execução do trabalho.

Essa consciência remete o consultor a um questionamento muito significativo: com qual expectativa estou sendo contratado? O que o empresário que me contrata e, por conseqüência, todos que fazem parte dessa empresa ou grupo de empresas espera como resultado da ação da consultoria na empresa?

Essas premissas devem ser levadas em consideração porque não é somente o público interno à empresa que cria expectativas. Os fornecedores, os clientes e, principalmente, os credores da empresa criam expectativas. Ou seja, a expectativa, dependendo do tamanho e da importância da empresa, passa a ser também do mercado onde essa empresa atua. E se as condições postas e dadas pela empresa não forem suficientes, a frustração se dará e poderá causar sérios e fortes prejuízos àqueles que apostaram no sucesso do trabalho.

Por isso, dependendo da situação vivida pela empresa, faz-se necessário considerar, previamente, em nível de diagnóstico, no mínimo os seguintes aspectos:

a) Patrimônio total da empresa;
b) Patrimônio com liquidez e capacidade de ser transformado imediatamente em caixa;
c) Capacidade produtiva instalada;
d) Disponibilidade dos sócios em se desfazer de bens imóveis para investir na empresa;
e) Valor e grau de obsolescência dos estoques;
f) Montante e qualidade dos recebíveis;
g) Tamanho da empresa;
h) Tamanho do mercado – em termos qualitativos e quantitativos -, além da sua extensão geográfica;
i) Custo de atendimento desse mercado geográfico considerado;
j) Grau e perfil do endividamento;
k) Margens de comercialização;
l) Equipe de funcionários do setor produtivo, comercial e administrativo;
m) Equipe de profissionais liberais como contadores, profissionais de TI, engenheiros e, principalmente, advogados à disposição da empresa e com conhecimento sobre a empresa e o seu negócio;
n) Grau de entendimento e predisposição dos diretores e sócios para aceitar a intervenção de uma consultoria dentro da empresa;
o) Pré-disposição dos diretores a acompanhar diária e efetivamente a ação da consultoria.


Esse diagnóstico prévio – e que deverá ser feito antes mesmo da negociação das condições do trabalho -, dará à consultoria uma noção das condições postas e dadas pela empresa e, também, uma noção do quão suficiente são as condições para o consultor realizar o trabalho esperado.

As condições podem ser melhoradas ao longo do trabalho? Sim, claro. E é normal que isso ocorra. Todavia, implicará na obtenção de resultados menores e com um prazo maior para sua ocorrência.

E se as condições dadas forem insuficientes? Muito provavelmente o resultado será frustrante para a consultoria contratada e para a empresa contratante. Todavia, quando o trabalho for um sucesso, é prudente jamais se esquecer das condições suficientes dadas e postas para a consultoria. E aos consultores envolvidos no trabalho, calma com o excesso de empolgação e crença no sucesso pessoal e pé no chão para saber reconhecer que, embora o trabalho tenha sido bem feito, sem a existência de um ambiente favorável e de condições suficientes o resultado definitivamente não teria sido o mesmo.

Autor: Economista Alfredo Fonceca Peris




Consultor de empresas: um “soldado quase sem armas”

Os diferentes resultados obtidos por uma empresa de consultoria, quando da realização de um trabalho em uma empresa ou grupo de empresas, particularmente na área de gestão empresarial, normalmente não podem ser lidos sempre utilizando o mesmo parâmetro de comparação. Isso me parece claro. E sabem por quê? Simplesmente porque estou chegando à conclusão de que o consultor é um “soldado quase sem armas”. Quando esse tem armas, as mesmas são, na grande maioria das vezes, dadas pela empresa ou pelo grupo de empresas em que ele realiza o trabalho. E muitas vezes a própria empresa contratante não tem essa consciência e nunca a adquire. Durante a execução do trabalho ou ao seu término, avalia os resultados como sendo exclusivos da ação da consultoria e de sua interação com a empresa, sem levar em consideração o ambiente propicio à ação da consultoria e à sua efetividade, existentes quando do início do trabalho.

As condições dadas pela empresa ou pelo grupo de empresas para a ação da consultoria são muito mais significativas e decisivas para o êxito de um trabalho de consultoria do que o conjunto de habilidade, aptidão, conhecimento e experiência dos consultores. É óbvio que um profissional para se considerar consultor precisa reunir um conjunto múltiplo de habilidades, aptidões, conhecimentos e experiências sem os quais não pode se denominar consultor de empresas, particularmente na área de gestão empresarial. E a consultoria como um todo – quer ela seja formada por uma pessoa ou por uma equipe – precisa ter uma metodologia de trabalho desenvolvida e já devidamente testada. Mas só isso não basta. Isso não é arma suficiente para enfrentar a batalha que é a transformação de uma empresa ou grupo de empresas, incorporando às mesmas, uma metodologia de trabalho que permita alçá-la a outro patamar de ação e de organização e às vezes até de viabilidade.

Isso porque consultor de empresas, contrariando o que infelizmente muitos pensam, não faz milagres. Se as condições postas – e oferecidas pela empresa – não forem suficientes, dificilmente um trabalho de consultoria obterá o êxito esperado. Mesmo que a equipe de consultores tenha todas as condições técnicas para a execução do trabalho.

Essa consciência remete o consultor a um questionamento muito significativo: com qual expectativa estou sendo contratado? O que o empresário que me contrata e, por conseqüência, todos que fazem parte dessa empresa ou grupo de empresas espera como resultado da ação da consultoria na empresa?

Essas premissas devem ser levadas em consideração porque não é somente o público interno à empresa que cria expectativas. Os fornecedores, os clientes e, principalmente, os credores da empresa criam expectativas. Ou seja, a expectativa, dependendo do tamanho e da importância da empresa, passa a ser também do mercado onde essa empresa atua. E se as condições postas e dadas pela empresa não forem suficientes, a frustração se dará e poderá causar sérios e fortes prejuízos àqueles que apostaram no sucesso do trabalho.

Por isso, dependendo da situação vivida pela empresa, faz-se necessário considerar, previamente, em nível de diagnóstico, no mínimo os seguintes aspectos:

a) Patrimônio total da empresa;
b) Patrimônio com liquidez e capacidade de ser transformado imediatamente em caixa;
c) Capacidade produtiva instalada;
d) Disponibilidade dos sócios em se desfazer de bens imóveis para investir na empresa;
e) Valor e grau de obsolescência dos estoques;
f) Montante e qualidade dos recebíveis;
g) Tamanho da empresa;
h) Tamanho do mercado – em termos qualitativos e quantitativos -, além da sua extensão geográfica;
i) Custo de atendimento desse mercado geográfico considerado;
j) Grau e perfil do endividamento;
k) Margens de comercialização;
l) Equipe de funcionários do setor produtivo, comercial e administrativo;
m) Equipe de profissionais liberais como contadores, profissionais de TI, engenheiros e, principalmente, advogados à disposição da empresa e com conhecimento sobre a empresa e o seu negócio;
n) Grau de entendimento e predisposição dos diretores e sócios para aceitar a intervenção de uma consultoria dentro da empresa;
o) Pré-disposição dos diretores a acompanhar diária e efetivamente a ação da consultoria.


Esse diagnóstico prévio – e que deverá ser feito antes mesmo da negociação das condições do trabalho -, dará à consultoria uma noção das condições postas e dadas pela empresa e, também, uma noção do quão suficiente são as condições para o consultor realizar o trabalho esperado.

As condições podem ser melhoradas ao longo do trabalho? Sim, claro. E é normal que isso ocorra. Todavia, implicará na obtenção de resultados menores e com um prazo maior para sua ocorrência.

E se as condições dadas forem insuficientes? Muito provavelmente o resultado será frustrante para a consultoria contratada e para a empresa contratante. Todavia, quando o trabalho for um sucesso, é prudente jamais se esquecer das condições suficientes dadas e postas para a consultoria. E aos consultores envolvidos no trabalho, calma com o excesso de empolgação e crença no sucesso pessoal e pé no chão para saber reconhecer que, embora o trabalho tenha sido bem feito, sem a existência de um ambiente favorável e de condições suficientes o resultado definitivamente não teria sido o mesmo.

Autor: Economista Alfredo Fonceca Peris




segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Participação do economista Shiguero Iwake no Jornal Tarobá, 1ª edição de sábado (10/01/2015), dando dicas de como aproveitar as ofertas de início de ano e não se perder nas dívidas. Veja o vídeo.

Saiba como aproveitar descontos nas compras do começo de ano sem se endividar

Participação do economista Shiguero Iwake no Jornal Tarobá, 1ª edição de sábado (10/01/2015), dando dicas de como aproveitar as ofertas de início de ano e não se perder nas dívidas. Veja o vídeo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

No Evangelho de Mateus 6.34, lê-se: “Não vos preocupeis pois, pelo dia de amanhã; o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.” Inúmeras conclusões podem ser tiradas desse texto. Uma delas é que, ao segui-lo, pode se evitar a ansiedade, que tanto mal faz ao ser humano, principalmente por consumir, antecipadamente, uma energia que fará falta num momento seguinte.

Discutindo particularmente a ansiedade, com o passar do tempo e com o amadurecimento que este traz, fica mais fácil concluir que o controle da mesma é tão necessário para que se possa dar tempo ao tempo para que o amadurecimento traga a capacidade para enfrentar os desafios do dia-a-dia de maneira muito menos estressante e de forma muito mais produtiva. Além de poupar o ser humano de um desgaste físico e emocional muitas vezes desnecessário.

Alguém poderá dizer: mas não é exatamente a ansiedade que favorece o amadurecimento por ficar o tempo todo pressionando o ser humano pela busca das soluções ou pela realização das tarefas? Talvez sim. Porém, se o ser humano for orientado no sentido de buscar as respostas para as suas dúvidas sem pressa desmedida, chegará ao amadurecimento com muito mais vigor físico e mental.

É preciso, o quanto antes, aprender a administrar o tempo e cuidar das preocupações de cada dia tirando das mesmas o máximo de aprendizado. Isso credenciará o ser humano para ir, naturalmente, amadurecendo para enfrentar novos e maiores desafios, sem que isso lhe pareça um fardo demasiado para ser carregado.

Sempre fui exageradamente ansioso e quis fazer as coisas acontecerem antes do tempo. Ganhei experiência, em algumas áreas e na execução de algumas tarefas, porém a custo de um desgaste físico e emocional que hoje, graças à nova visão da vida, oriunda do amadurecimento natural da minha idade, acho que foi desnecessário.

As grandes tarefas e as grandes obras não são feitas por meninos ou meninas. São feitas por homens e mulheres. E um homem e uma mulher não são feitos somente com vigor físico e mental mas, sim e principalmente, com maturidade e calma para enfrentar grandes desafios com conhecimento, com segurança e, principalmente, com muita sabedoria.

Por isso, nesse ano novo que estamos iniciando, não deixe que a ansiedade e a pressa demasiada consuma suas energias física e mental. E muito menos que consigam convencê-los de que são incapazes de fazer aquilo que almejam. Sigam o conselho de Mateus e vivam as preocupações de cada dia. Para o futuro guarde as experiências advindas do cumprimento das tarefas diárias e o atendimento às preocupações diárias. A grande questão é que, dentro dessas preocupações diárias não poderão faltar uma dose de tarefas que vocês mesmos poderão incluir, tais como: o eterno aprendizado e a observação de como aqueles que já atingiram a maturidade fazem para resolver situações que para vocês que estão começando, parecem impossíveis.

Pense nisso, uma boa semana e um bom ano de 2015.

Alfredo Fonceca Peris





A maturidade e o preparo para lidar com as situações dela decorrentes

No Evangelho de Mateus 6.34, lê-se: “Não vos preocupeis pois, pelo dia de amanhã; o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.” Inúmeras conclusões podem ser tiradas desse texto. Uma delas é que, ao segui-lo, pode se evitar a ansiedade, que tanto mal faz ao ser humano, principalmente por consumir, antecipadamente, uma energia que fará falta num momento seguinte.

Discutindo particularmente a ansiedade, com o passar do tempo e com o amadurecimento que este traz, fica mais fácil concluir que o controle da mesma é tão necessário para que se possa dar tempo ao tempo para que o amadurecimento traga a capacidade para enfrentar os desafios do dia-a-dia de maneira muito menos estressante e de forma muito mais produtiva. Além de poupar o ser humano de um desgaste físico e emocional muitas vezes desnecessário.

Alguém poderá dizer: mas não é exatamente a ansiedade que favorece o amadurecimento por ficar o tempo todo pressionando o ser humano pela busca das soluções ou pela realização das tarefas? Talvez sim. Porém, se o ser humano for orientado no sentido de buscar as respostas para as suas dúvidas sem pressa desmedida, chegará ao amadurecimento com muito mais vigor físico e mental.

É preciso, o quanto antes, aprender a administrar o tempo e cuidar das preocupações de cada dia tirando das mesmas o máximo de aprendizado. Isso credenciará o ser humano para ir, naturalmente, amadurecendo para enfrentar novos e maiores desafios, sem que isso lhe pareça um fardo demasiado para ser carregado.

Sempre fui exageradamente ansioso e quis fazer as coisas acontecerem antes do tempo. Ganhei experiência, em algumas áreas e na execução de algumas tarefas, porém a custo de um desgaste físico e emocional que hoje, graças à nova visão da vida, oriunda do amadurecimento natural da minha idade, acho que foi desnecessário.

As grandes tarefas e as grandes obras não são feitas por meninos ou meninas. São feitas por homens e mulheres. E um homem e uma mulher não são feitos somente com vigor físico e mental mas, sim e principalmente, com maturidade e calma para enfrentar grandes desafios com conhecimento, com segurança e, principalmente, com muita sabedoria.

Por isso, nesse ano novo que estamos iniciando, não deixe que a ansiedade e a pressa demasiada consuma suas energias física e mental. E muito menos que consigam convencê-los de que são incapazes de fazer aquilo que almejam. Sigam o conselho de Mateus e vivam as preocupações de cada dia. Para o futuro guarde as experiências advindas do cumprimento das tarefas diárias e o atendimento às preocupações diárias. A grande questão é que, dentro dessas preocupações diárias não poderão faltar uma dose de tarefas que vocês mesmos poderão incluir, tais como: o eterno aprendizado e a observação de como aqueles que já atingiram a maturidade fazem para resolver situações que para vocês que estão começando, parecem impossíveis.

Pense nisso, uma boa semana e um bom ano de 2015.

Alfredo Fonceca Peris